As ervas daninhas anuais

Bem mondar, é conhecer bem as ervas daninhas ! Na terra despida, o que cresce primeiro são as ervas daninhas anuais, isto é, que vivem apenas uma estação.

Crescimento imediato

Esta experiência é fácil de realizar: deixe uma parcela de terra sem nada…e espere: ao fim de três dias, começam a crescer coisas, sem nada ter semeado. O facto de expor a terra à luz “acorda” as muitas sementes que até então estão escondidas no solo. A mostarda, por exemplo, pode esperar várias dezenas de anos no solo e surgir em memos de uma semana! São as ervas daninhas anuais, as pioneiras que ocupam o espaço antes de o ceder às ervas vivazes.

As ervas daninhas anuais

A mercurial é muitas vezes acusada pelos jardineiros mas causa menos problemas que algumas outras.

A luta pela luz

A particularidade das ervas daninhas anuais tem a ver com a rapidez com que crescem, pois algumas, depois de germinarem levam menos de um mês a dar flor. Em pouco tempo podem invadir uma carreira de legumes, submergindo os jovens arbustos e mesmo as árvores pequenas. As ervas anuais roubam a luz das culturas. As plantas cultivadas ficam na sombra, quando necessitariam da luz directa para se desenvolverem. Ao pé de uma sebe invadida, arriscamo-nos a ver as plantas jovens subir na direcção da luz, e no futuro a sebe vai ficar fraca. O crescimento rápido das ervas daninhas anuais pode também estorvar as árvores jovens e deformar os seus caules. Uma sebe jovem abafada pela vegetação vai deixar marcas, com troncos deformados ou uma base despida. Convém assim, controlar as ervas daninhas anuais rapidamente.

Crescimento rápido mas poucas raízes

O primeiro reflexo consiste em passar com a enxada ou o sacho nas plantas germinadas, logo que possível. Pode também fazer o tratamento térmico ou colocar por cima uma camada de cobertura vegetal. Quando as ervas daninhas anuais começam a tomar posse, aja em função do tipo de raízes.

As mais fáceis de eliminar são as que têm raízes finas, numerosas mas pouco sólidas. São fáceis de puxar: podem ter uma raiz simples que se enterra na terra ou muitas raízes finas. A mercurial e a maleiteira arrancam-se à mão. Cuidado com as gramíneas como a digitaria: mais vale utilizar um utensílio para as levantar do que puxar por elas, pois vão partir e voltam a rebentar mais fortes.

As mais frequentes têm uma raiz principal, espessa que se enterra na terra. As serralhas, a erva-de-santa-maria, a ambrósia ou ainda o amaranto fazem parte deste grupo. Deve-se levantar a planta em vez de puxar por ela, pois a raiz partiria e a planta voltaria a crescer mais forte e seria ainda mais difícil de arrancar !

No composto !

Desde que as ervas anuais arrancadas não tenham sementes, pode colocá-las no monte do composto. Vão-se decompor rápido pois os seus tecidos são tenros. Pode até cortá-las em pedaços grandes e utilizá-las como cobertura vegetal, depois de as ter deixado secar ao sol.

M. Jean-Michel GROULT
 
Pépinières PLANFOR
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